13 de agosto de 2008

LEMBRANÇAS I

Hoje reli o esboço da minha autobiografia, a ser editada ainda neste ano.
Resolvi transcrever um trecho que fala da minha infância, quando eu vivia com meus pais na Cidade Livre - bairro pioneiro de Brasilia, quando eu tinha apenas 12 anos.

"Os meus trocados também me davam o direito de comprar "raspadinha" na saída da escola. Eram uma delícia. O vendedor tinha uma grande barra de gelo que ele raspava e ia colocando nos copos, para depois derramar o licor. Eram de vários sabores, mas o melhor mesmo era o de groselha, muito doce e vermelho.
Eu achava o vermelho a cor mais linda do mundo. E ainda acho.
É a cor dos letreiros luminosos, das flores dos vestidos e dos cabelos das ciganas, das rabiolas de pipas e de coisas gostosas, como raspadinha de groselha, como melancia e como Campari.
Vermelho é a cor do meu batom, da minha alegria e da minha vida."