29 de junho de 2010

ESCONDIDINHO

Este amor
impossível,
escondidinho
no meu coração,
anda tão sem jeito,

sozinho,
encabulado,
que está ficando
amarelo,
sem graça,

e pode morrer
qualquer dia desses...

28 de junho de 2010

UMA RECEITA DE FAMILIA

Mais uma receita da minha mãe para vocês: um kibe delicioso, muito apreciado na família:

Receita de KIBE caseiro da D. Jovem – Goiânia/GO (1952)

Ingredientes:
700 gramas de patinho, bem limpo e moído
500 gramas de trigo para kibe
1 cebola grande ralada ou picada bem fina
1 ramo de hortelã
Cebolinha picada
Sal
Pimenta do reino ou de cheiro
Modo de fazer:
Deixar o trigo de molho na água quente por 1 hora. Em seguida espremer o trigo retirando toda a água. Misturar com a carne moída e os outros ingredientes. Temperar com sal a gosto e se desejar, temperar com pimenta vermelha ou do reino. Amassar muito bem e enrolar sobre o dedo indicador e depois fechar a outra ponta. Fritar em óleo quente. Se desejar pode abrir a massa sobre uma assadeira quadrada, formando uma camada de 2 cm, colocar fatias de queijo minas e rodelas de tomate. Levar ao forno médio (180°) por aproximadamente 30 minutos.

26 de junho de 2010

PRESENÇA

Há alguns dias postei um poema antigo aqui no blog e, por equívoco, foi excluído.
Aí está ele novamente:

PRESENÇA

"Você não se foi como supõe.
Ficou um pouco de você aqui na sala,
no banco vazio sob a mesa,
no ar, diante da TV,
no perfume do meu leito,
no aconchego do meu peito."

25 de junho de 2010

PARIS II

Um dos meu sonhos realizados agora quando fui a Paris (Obrigada, Senhor!), foi conhecer a cidade de Giverny, uma comuna francesa da Alta Normandia. A cidade se tornou famosa quando lá se instalou, em 1883, Jean Claude Monet, um dos mais famosos pintores impressionistas. Vivendo numa grande casa pintada em tons rosados e com janelas verdes, idealizou e criou espelhos dágua e jardins maravilhosos que serviram como tema central de seus quadros, tendo Camile, sua primeira esposa, como modelo. Num desses jardins pode-se ver até hoje a ponte japonesa, retratada num de seus quadros mais famosos.
No início de sua carreira Monet passou por problemas financeiros e somente em 1870 começou a obter sucesso.
Sempre pintou a natureza e usava com maestria as cores e as luzes. Por vezes pintava a mesma tela em diferentes horários para obter resultados diversos em razão da posição do sol.
Monet nasceu em Paris em 1840 e morreu em Giverny - França em 1926.
Três anos depois do nascimento do seu primeiro filho Jean, em 1870, é que Monet e Camile se casaram. Em 1878 nasceu o segundo e último filho do casal, de nome Michel.
Algum tempo depois, a familia Monet foi de férias a Paris hospedando-se na casa do casal amigo Hoschédé e Alice.
Nessa ocasião Monet se apaixonou pela mulher do seu amigo.
Um ano depois faleceu Camile aos 32 anos, deixando sozinho Monet e seus dois filhos.
Em 1883 Monet se instalou em definitivo em Giverny com seus dois filhos, mas continuou trocando correspondência com Alice (que morava em Paris), até a morte do seu marido em 1891.
Assim, no ano seguinte, Monet casou-se com a viúva do seu amigo, Alice. E viveram juntos na casa rosada de Giverny, além do casal, os dois filhos de Monet e os seis filhos de Alice.
Estou contando essa história, porque fiquei surpresa quando visitei agora a sala de jantar e me deparei com uma mesa de tamanho descomunal, ladeada por quatorze cadeiras. Só então fui saber que alí comiam oito crianças além dos pais e de eventuais visitas.
Nos jardins maravilhosos ao redor da casa, Monet continuou pintando até a morte de Alice em 1911. Já bem envelhecido e com cataratas em razão da excessiva exposição ao sol, Monet ficou desestimulado. Mas, apoiado por amigos continuou a pintar até a sua morte em 1926. Vê-se, entretanto, que suas telas a partir da morte de Alice, traziam cores menos vibrantes.
Resolvi relatar essa história porque, além de referir-se a um dos maiores pintores impressionistas, possui detalhes da vida pessoal de Monet que eu desconhecia e que repasso a vocês.
Uma história de amor e paixão como a que todos nós vivemos: cheia de alegrias, realizações, perdas e dores.

21 de junho de 2010

PARIS I


Voltei a Paris pela quarta vez, mas sentindo que não a conheço ainda, tão misteriosa, mágica e grandiosa que é.
Dizer que se conhece essa cidade chega a ser uma brincadeira. Quanto mais se tenta descobrir seus encantos, mas se vê riquezas e belezas inimaginadas.
Gosto de andar pelas ruas presenteando meus olhos com os detalhes da arquitetura, notando a nobreza histórica de suas praças, a eficiência dos meios de transporte, a beleza de seus restaurants, com mesas e cadeiras voltadas para a rua.
Gosto de me sentir um transeunte qualquer, uma pessoa anônima no meio da multidão. Mesmo sem falar o idioma, eu me sinto integrada, apesar das dificuldades de comunicação.
Muitas vezes fui tratada com cordialidade, outras vezes surpreendida com a grosseria de profissionais sem preparo para atendimento ao turista. Mas o que realmente vale a pena, é ter certeza de que estamos em segurança. Pelo menos, uma certa segurança.
Andei sozinha pelo metrô, tomei várias linhas, misturando-me aos residentes. Em silêncio, mas esboçando meu usual ar de felicidade, que ninguém notou.
Percorri por longas horas, as ruas da cidade. Em silêncio, como todos à minha volta. Pessoas apressadas, querendo chegar a lugar algum. Nesse ponto somos todos iguais, na maioria das grandes cidades. Corremos, trabalhamos e nos estressamos por nada.
Cada qual, uma ilha. Um mundo à parte, uma solidão.



AINDA O LANÇAMENTO DO MEU LIVRO




Foto 1 -Vista geral do mesanino onde foi realizado o lançamento do livro, na Livraria Saraiva - Pátio Brasil

Foto 2 - Meus filhos, da esquerda para direita: Marcello, Adriana, Giovana, Paulo Roberto e Rodrigo

Foto 3 - Feliz estou, preparada para os autógrafos

Foto 4 - A grande e consagrada escritora goiana, Darcy Denófrio que me prestigiou com sua presença

Preciso reafirmar que o lançamento do meu livro foi um evento concorrido e digno de ser sempre lembrado. Muitas pessoas amigas, parentes e amigos dos amigos estiveram abrilhantando a festa, brindando comigo.
Seria desnecessário dizer o quanto eu estava feliz. Afinal realizar sonhos sempre foi a minha meta. Não abro mão de nenhum, por menor que seja.
Mas esse era um sonho dos grandes: tornar pública a minha infância e todo o caminho que percorri até aqui, saltando barreiras, sofrendo e aprendendo com as experiências, para chegar onde cheguei. Com algumas marcas, mas uma pessoa madura, pacífica e realizada.
O livro encontra-se à venda na Livraria Saraiva, do Shopping Pátio Brasil.

14 de junho de 2010

VIAGEM

Aos meus queridos amigos

Vou passar uns merecidos dias em Paris. Embarco amanhã exatamente no horário em que o nosso Brasil entra em campo. Perco o jogo, mas confio na competência dos nossos meninos da seleção.
Sigo levando saudades dos que ficam.
No meu retorno postarei as fotos do lançamento do meu livro (que foi um sucesso).
A propósito, lembro que A COR DA MINHA VIDA está disponível na Livraria Saraiva do Shopping Pátio Brasil - Brasilia-DF.
Au revoir!

11 de junho de 2010

FOI UM SUCESSO

Foi um sucesso o lançamento do meu livro A COR DA MINHA VIDA.
Muitos amigos, colegas e admiradores da literatura estiveram presentes ao lançamento e noite de autógrafos e brindaram comigo.
Eu estava, e com razão, radiante e orgulhosa pela publicação da minha história e por contar com o prestígio da presença de todos.
Estarei nos próximos dias postando as fotos e a matéria veiculada no Correio Braziliense do dia 09 de junho de 2010.
A todos os que compareceram, o meu mais profundo agradecimento pelo apoio e presença.
Aos que, por alguma razão, não puderam comparecer, informo que o livro encontra-se à venda na Livraria Saraiva Mega Store do Shopping Pátio Brasil e somente lá, por enquanto.
Um grande abraço a todos.

7 de junho de 2010

NUVEM PASSAGEIRA

Às vezes
uma inesperada nuvem
densa,
escura,
vem apertar meu peito.

Mas, o sol
tem mania
de entrar em minha casa
sem pedir licença...

1 de junho de 2010

TENHO ANDADO TRISTE

Apesar de me considerar uma pessoa muito feliz, tenho andado triste.
Coloco um batom vermelho, me enfeito, me visto de forma clássica para o trabalho,
e porto-me como convém a uma executiva. Olhando-me, ninguém diz que não estou feliz.
Mas, tenho andado triste, sim. Por mais que eu lute contra, por mais que eu raciocine.
E raciocinar é saudável, porque nos faz encontrar respostas plausíveis. Raciocinar é concluir inteligentemente sobre as situações e sobre a melhor solução para nós.
Mas toda vez que o meu sonho não se realiza, fico sem graça e em silêncio, como a menina que queria muito o doce que novamente lhe foi tirado.
Fico desapontada, mergulho em reflexões, mas aceito a realidade.
Perder alguém que me fazia feliz não me revolta, mas me deixa introspectiva e triste.
Sei que sempre aprendo com as experiências, mas só isso não me basta. Quero entender o que se passou, onde falhei, se fui ou não amada e, em que ponto do caminho iniciou-se o descaminho.
Acreditem, mesmo que existam ganhos nas experiências, cada vez que perdemos alguém, há um pouco de nós que morre.
Ah, Deus, entendi! Então deve ser por isso! Acho que já morri muitas vezes. Sofro porque não aprendi a aceitar essas minhas mortes.
Mas sei que vai passar. O amor que doei não se perdeu, voltou para a fonte . Estou reabastecida.
E nunca, nunquinha vou me arrepender de ter amado alguém que me fez feliz. Ainda que por pouco tempo.