3 de junho de 2013

A VIDA PODE SER INTENSA

Hoje fiquei consternada ao saber da morte inesperada de uma amiga muito mais jovem do que eu. Além de triste, fiquei chocada. Fiquei torcendo para que ela tivesse sido muito feliz nesta vida.
A gente pensa que os mais jovens devem ir depois. Essa deveria ser a ordem natural, mas não é.
Fiz 66 anos, muito bem vividos. Sempre fui essa pessoa meio atrapalhada, fora do padrão, que tem sempre pressa de realizar os sonhos, sem perder tempo. Não é angústia, é vitalidade. É o querer vivenciar as alegrias, os momentos bons, antes que seja tarde. Os ruins são normais, aceitos por mim com naturalidade. Mas não fico abraçada às tristezas, afagando-as. Procuro superar tudo o mais cedo possível. 
Agora, os sonhos realizados e as alegrias, abraço-os e encho-os de mimos. Estão sempre comigo nas lembranças. Vivencio-os diariamente. Renovo-os. E assim estico a felicidade, até que venham outros momentos bons.
Agora em maio, perambulei sozinha pelas ruas de New York, admirando cada rua, cada praça e me surpreendi a cada esquina que surgia. Vez por outra eu parava e sorvia o ar profundamente, agradecendo a Deus pela oportunidade de realizar mais um sonho.
Na volta, fui direto para Pirenopolis-GO para acompanhar a construção do novo ninho - a minha casinha amarela! Que felicidade vê-la ficando pronta para me receber. E vejo-a, desde já, com as flores na janela, com os pássaros cantando no quintal.
Lá dentro, o cheiro do café novinho,  passado no coador de pano, como gosto de fazer.
Lá estarei , esperando à mesa, na janela ou no portão os que me são caros.
E enquanto não vierem,  estarei feliz comigo mesma...