22 de fevereiro de 2011

ORIETA


Hoje amanheci mais feliz do que nos dias comuns.

Em mim a certeza de que essa vida é muito gratificante quando temos saúde, discernimento, família ajustada, projetos a serem desenvolvidos, sonhos que certamente se tornarão realidade. Mas há uma razão especial para esse esbanjamento de alegria: a tímida e gradual recuperação de uma pessoa muito querida e que se encontra internada num hospital da cidade: a Orieta.

Orieta bateu à porta da minha casa em 1970 quando eu, jovem e enexperiente, corria de um lado a outro para cuidar dos meus dois filhos, um com dois anos; outro com 19 dias. Na época ela tinha 42 anos. Simples, envergonhada, analfabeta, mas guardava em seu coração uma reserva inesgotável de amor. Foi o meu braço direito por longos anos.

Fomos, nós duas juntas, as mães dos meus quatro filhos. Seu amor e dedicação iluminou a nossa casa, durante os mais de trinta e cinco anos em que morou conosco. Formávamos uma família feliz. Casa cheia, éramos sete.

Perdemos precocemente o Gotte, pai dos meus filhos e ela estava ao nosso lado compartilhando a nossa dor. Perdi meu pai e depois minha mãe e ela continuava ao nosso lado. Meus filhos já adultos foram saindo de casa, cada qual ao seu tempo. Ficamos só as duas. Como mãe e filha ou como irmãs e amigas, permanecemos nos ajudando. Ela, mais velha e experiente, se tornou a minha "madrinha" e conselheira, a me confortar nos momentos de tristeza e de saudades e a rir comigo diante das minhas peripécias e confidências pessoais. Só me deixou alguns anos depois, para morar com sua única filha e com seus netos. Ficou uma lacuna. Pela primeira vez eu estava sozinha, sem a sua presença diária em casa!

Mas não nos separamos. Desde que ela se mudou, temos ido visitá-la e buscamos suprir todas as suas necessidades, sejam materiais ou de afeto: eu, meus filhos, noras, genros e netos.

Agora, aos 85 anos, Orieta encontra-se numa UTI. Nosso coração sangra de angústia, mas a nossa presença ao seu lado e as nossas orações tem sido uma alavanca por sua recuperação. À beira do seu leito, enquanto afagamos seus cabelos, ora lhe prometemos uma canja com galinha caipira, ora lhe acenamos com uma futura viagem à Pousada do Rio Quente (resort do qual ela tanto gosta), para que ela se reanime. Sem poder falar, mas lúcida, ela sorri satisfeita, os olhos brilhando...

Devagarinho ela se recupera, ainda com o incômodo da traqueostomia. Enquanto estiver aqui neste plano queremos inundar sua vida de carinho e de alegria.
A ela nossa gratidão e o nosso imenso amor.

11 de fevereiro de 2011

TERRA A VISTA


Já é quase de conhecimento público este meu modo cigano de ser: alegre, livre, sempre com a mala na mão, a trilhar outras estradas e navegar muitos mares.
Pois é. Depois de dezenove cruzeiros realizados em várias companhia marítimas na costa brasileira, na costa da Argentina, do Chile e do Perú e no Mar do Caribe, vou partir para uma aventura mais ousada, e tantas vezes sonhada: a travessia do Oceano Atlântico rumo à Europa.
Vou com minha grande amiga Teresinha (aventureira e corajosa como eu). Sairemos no dia 14 de março no MARINER OF THE SEAS e estaremos aportando em Civitavecchia - Roma, no dia 27 de março. Alguns amigos ficam extasiados, outros assustados com a nossa coragem. Fazer a travessia é mesmo um ato de coragem. Só em alto mar são 07 dias.
Ora, por que não? Será muitíssimo divertido. Além do mais, terei muito tempo para me distrair, ler e descansar. A única coisa que não poderá acontecer é sermos convocadas, durante a travessia atlântica, a "irmos para o andar de cima". Mas isso está descartado: somos amicíssimas do Rei (nosso Senhor e nosso Deus).
Estamos nos preparando para as eventuais mudanças de temperatura durante a viagem, organizando o figurino para os dias de sol ainda no Brasil, para os dias da travessia e para o frio rigoroso que pegaremos em Praga, Viena e Budapeste (extensão da viagem, após a chegada do navio em Roma). Bom demais da conta!
Vamos lá, amigos, juntem-se a nós! Ainda há vagas. Mas não se demorem, que o navio vai partir!!!!!!
Tuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!!!!!!!!

8 de fevereiro de 2011

O VALOR DA FAMILIA


Às vezes eu me pego pensando em como é bom ser livre, solto, sozinho. Poder trancar a casa e sair sem estar preso a coisas, hábitos rançosos e pessoas. Mas, gente, com certeza, isso não deve se referir a nossa família. Pelo menos para mim. Embora eu me sinta com a missão cumprida em relação à criação e formação dos filhos, acho saudável e doce a convivência com eles.
Adoro fazer cafezinhos, organizar lanches e reuniões para ter pretextos de reunir na minha casa filhos, netos e amigos. Como é bom estarmos juntos, rindo, brincando, fazendo piada sobre tudo e distribuindo carinho entre nós.
No batizado do meu netinho mais novo, o Miguel, nós nos reunimos para um lanche festivo.
Aí está o registro: Meus filhos Adriana, Marcello, Giovana, Rodrigo e alguns netos, além da Orieta, minha mãezinha e eu, é claro, de visual pantera.

FERNANDO PESSOA




"Quero ser o teu amor amigo
Nem demais nem
de menos
Nem tão longe,
Nem tão perto."

3 de fevereiro de 2011

DELÍCIA CREMOSA - TORTA

Atualmente tudo é muito fácil. A vida moderna nos traz inúmeras comodidades, inclusive as de ordem gastronômica.
Vamos receber visitas? É só recorrer a uma confeitaria ou a uma boa padaria próximas à nossa casa e comprar salgadinhos, tortas, bolos e outras delicias.
Mas, é também muito gratificante cozinhar de vez em quando!
Dá aquela sensação boa de copiar a nossa mãe, de ser prendada, talentosa, ao juntar os ingredientes e ver um bom e delicioso resultado.
Essa receita de massa sempre dá certo. Vamos experimentar?


DELÍCIA CREMOSA - TORTA
1/2 xícara de chá de óleo
2 ovos
2 xícaras (de chá) de leite
2 xícaras (de chá) de farinha de trigo
1 pitada de sal
1 caixinha de creme de leite
1 colher de sopa de fermento em pó.

Modo de preparo
Leve ao liquidificador na ordem em que se apresentam os ingredientes, exceto o fermento, e batê-los até formar uma massa homogênea e cremosa (cerca de 5 minutos). Acrescentar o fermento nos minutos finais. Colocar metade da massa em uma forma untada e enfarinhada, rechear segundo sua preferência e cobrir com a outra metade da massa que ficou à espera, polvilhar com queijo ralado por cima. Levar ao forno médio pré-aquecido por cerca de 40 minutos.

OBS.: Pode-se substituir o creme de leite por 1/2 xícara de chá de queijo ralado.
Essa quantidade de massa é suficiente apenas para uma forma pequena.
Dica: Antes de fazer a massa, prepare o recheio de sua preferência (sardinha, refogado de frango, refogado de palmito, refogado de carne moída, dentre outros): unte a forma e pré-aqueça o forno.