31 de janeiro de 2012

VIAGENS

Embora eu não tenha escrito ultimamente sobre meus novos vôos, tenho voado. E como!

Neste mes de janeiro conheci ARACAJÚ, uma cidade linda, ensolarada e rodeada de belas praias.

Um calor infernal, mas nada que não compense admirar as belezas de lá. Fiquei muito resfriada, em razão da diferença de temperatura: praias e cidade x ar condicionado do hotel.

Acabei antecipando minha volta a Brasilia, para o necessário repouso e tratamento.

Depois fui à Praia do Forte, que fica o município de Mata de São João, a cerca de 60 km de Salvador, na Bahia. Um lugarejo maravilhoso à beira mar. A praia gostosa e cheia de atrativos para o dolce far niente e a 100 metros, um centro gastronômico de fazer inveja a qualquer cidade grande. Hotéis, pousadas e mansões de condomínios fechados ornamentam a Vila da Praia do Forte, onde turistas brasileiros e estrangeiros se misturam num entra e sai das lojas, cafés e restaurantes cheios de glamour.

Valeu a pena ter estado lá por uns dias!

Vale a pena para quem não conhece, se dar o presente de estar lá para uma semana de descanso e lazer. Mas levem bastante dinheiro e cartões de crédito com limites maiores...

Agora esta semana, estou descansando e no próximo sábado vou a SAMPA para o casamento do meu sobrinho e no dia seguinte estarei de volta. Para trabalhar. Pensaram que não trabalho? Trabalho... e muito!

21 de janeiro de 2012

KALIL GIBRAN - CARTAS DE AMOR

Mary Haskell foi uma grande amiga e um grande amor de Gibran Kalil Gibran. Nascida nos EEUU, trocou, durante vinte anos, inúmeras correspondências com o referido escritor a quem chamava de "meu amado". Essas cartas estão hoje na Universidade da Carolina do Sul e podem ser consultadas por especialistas e estudiosos.

Paulo Coelho, ao publicar o livro Cartas de Amor do Profeta, buscou a essência de algumas dessas cartas, adaptando livremente o seu texto, mas buscando ser fiel ao pensamento de Gibran e não às suas literais palavras.

Eu, particularmente aprecio muito essa obra e estou sempre a reler os textos desse livro.

Hoje, escolhi um deles, que vem a ser uma carta escrita por Gibran a Mary, em 10 de novembro de 1911:

"Há uma velha canção árabe que começa assim: "Só Deus e eu mesmo podemos saber o que se passa em meu coração." Hoje, depois de ler tudo que você tem me escrito, eu poderia acrescentar: "Só Deus, eu e Mary podemos saber o que se passa no meu coração."

Eu gostaria de abrir meu peito, tirá-lo dali, e carregá-lo em minhas mãos, para que todos pudessem ver. Porque não há desejo maior em um homem que revelar-se a si mesmo, ser compreendido por seu próximo; todos nós queremos que a luz que colocamos atrás da porta seja posta no meio da sala, na frente de todos.

O primeiro poeta deste mundo deve ter sofrido muito, quando deixou de lado seu arco e sua flecha e tentou explicar aos seus amigos o que havia sentido diante de um pôr-do-sol. É bem possível que estes amigos tenham ironizado o que ele dizia, mas ele o fez assim mesmo, porque a verdadeira Arte exige que o artista tente mostrar-se. Ninguém pode conviver sozinho com a beleza que é capaz de perceber.

E quanto a nós dois, que buscamos o Absoluto, e que construímos um jardim usando a nossa própria solidão, a Vida nos deixou a imensa paixão para aproveitar cada instante, com toda a intensidade."

Feliz de Gibran por sua Mary que o compreendeu tanto! Nem todos tem essa mesma sorte.

Eu, de minha parte, mesmo incompreendida, mesmo quando a dor me visita, não deixo de viver. Ando aproveitando também, cada instante, com toda intensidade, apaixonadamente.

17 de janeiro de 2012

BATATA RECHEADA COM BACON

Esta receita eu copiei de uma coletânea que recebi, denominada COMIDA DE BUTECO:
É uma receita que ainda não testei, mas que me pareceu saborosa.
Vamos lá:
"BATATA RECHEADA COM BACON
Ingredientes:
Bata inglesa
Bacon
Frango
Creme de bacon
Mussarela
Catupiri
Molho Rosé
Ovo de codorna
Preparo:
Cozinhar o frango e desfiar. Retirar a polpa da batata cozida e rechear com o frango e o creme de bacon. Cobrir com mussarela e catupiri, colocar para assar. Dispor em vasilhame apropriado e decorar com molho rosé e o ovo de codorna cozido."
Bom apetite!

REFLEXÃO

Engraçado... acho que eu não sou mais eu. Não sei mais que alma é essa que se esconde dentro do meu corpo. Um desassossego às vezes, uma inquietude, uma inadequação... Se nem mesma eu sei quem sou, como irão me conhecer e me compreender? Sinto uma dores que ninguém vê nem percebe. E mesmo que eu as defina, duvidam porque não captam a extensão e a profundidade delas. Essa é a verdadeira solidão. Não há remédios que vem de outrem. O socorro não vem de fora. Só é possível quando se tira das próprias entranhas o antídoto que, muitas vezes, tem efeitos tão lentos...

Mas toda essa revolução interna não é em vão. Enquanto ela acontece, algo de misterioso ocorre.

Uma outra pessoa aflora de dentro da angústia e nos salva. Somos nós mesmos, renascidos do sofrer. E aí, milagrosamente nos enchemos de esperanças. De novo. E de novo. A cada vez que sofremos e morremos um pouco, somos salvos pela esperança.

Assim é comigo. Nunca ouvi alguém dizer que quando sofre, sofre com tamanha intensidade. Não que eu conheça. Então eu me sinto estranha e incompreendida, porque minha sensibilidade me fere muito. Às vezes encontro alento em alguns textos espirituais, e me acho em sintonia com Clarice Lispector, de quem falo tanto. Ela era assim, incompreendida.

Hoje, tentando vencer essa nostalgia que me envolve, num esforço descomunal, volto aqui neste blog que há bastante tempo não alimento.

E trago de presente o que disse Clarice:

"Esperança é como o girassol que à toa se vira em direção ao sol. Mas não é à toa: virar-se para o sol é um ato de realização de fé."

Estou de frente para o sol. Agora.