30 de maio de 2011

O TEMPO DE UMA RISADA

Lya Luft em seu livro Múltipla Escolha nos traz lições maravilhosas.

Vejam: "O tempo de uma risada: corre por aí nestes dias de executivos estressados e trabalhadores sobrecarregados um novo clicê interminavalemente repetido: "Não tenho tempo". É uma das frases mais pronunciadas, desculpa para não cuidar de si nem dos outros, para não amar, para se embrutecer com um trabalho além do que exigiria uma existência digna, para não prestar atenção ao amante, ao filho, ao amigo, nem à beleza do mundo que também existe.

Gememos sob a carga às vezes excessiva e desnecessária de compromissos, para que a familia viva acima das suas posses, o filho continue fora da realidade, para alimentar um vício, ou ainda porque "temos de" acumular mais bens do que poderemos desfrutar, e assim acabaremos não tendo, como disse um dia meu jardineiro, "nem o tempo de dar uma risada".

27 de maio de 2011

JOGO DO CONTENTE

Consegui me arrastar até o computador, a vontade de escrever é mais forte. Não consigo dormir, meu corpo está cheio de dores, mas há movimentos tênues em minhas asas.

Os pensamentos e emoções chegam a me incomodar e me ponho a pensar no Jogo do Contente, ensinado à Pollyanna, protagonista do romance infanto-juvenil de mesmo nome, escrito por Eleanor H Porter.

Pollyanna desejava ganhar uma boneca no Natal, mas ganhou um par de muletas. Aprendeu a jogar o Jogo do Contente, que consiste em encontrar respostas positivas, mesmo em situações desagradáveis. Pode parecer conformismo, mas não é, garanto. Esse exercício funciona!

Então me ponho a pensar que sou a mulher mais feliz do mundo, porque passei por uma intervenção demorada e delicada e estou relativamente bem: escapei dos imprevisto ruins que poderiam ter me acontecido; o plano de saúde cobriu as despesas; tive o carinho dos familiares e amigos e estou ensaiando meus novos (e antigos) passos, embora vagarosamente pelos cômodos da minha casa. Daqui a pouco posso voltar a ser o que era, ser ligeira no caminhar. Juro que vi hoje pela vidraça do quarto o sol dourando as folhas das árvores; vejo agora algumas estrelas e meu coração já quer voar, tantos são os sonhos que o revigoram...

Obrigada, Meu Deus, por este novo dia! Obrigada à vida por mais esta chance!

23 de maio de 2011

CIRURGIA

Devo fazer uma pausa nas postagens deste blog. Amanhã estarei me submetendo a uma cirurgia de coluna, o que me obrigará a ficar uns dias de repouso.
Mas volto logo.
Au revoir!

22 de maio de 2011

REFLEXÃO

Ontem fui a uma festa de 25 anos de bodas de um casal amigo. Uma cerimônia requintada, linda. Um clima de amor inundando todos.

Ela, de origem asiática, é a personificação da delicadeza. Uma mulher alegre, sorridente, companheira, amiga. Ele, com raízes nordestinas, é um homem equilibrado, brincalhão, essencialmente cristão e devoto da amizade. Seus amigos, para ele, são esteio, certeza de afago e solidariedade. Suas qualidades são inúmeras. Sempre afetuoso, envolve as pessoas que o cercam com sua energia positiva e, com suas palavras carinhosas. Distribui amor, de graça. Sempre teve o dom da palavra. Advogado brilhante e psicólogo competente. Nada lhe falta. Tem uma família linda e uma fé inabalável.

Ontem o casal quiz estar cercado de familiares e de amigos fiéis, a maioria com mais de 30 anos de convivência (tenho o privilégio de estar aí enquadrada). Ele, como sempre, fez uso da palavra para agradecer e louvar a vida e o amor. Mas, em seu discurso percebíamos que algumas de suas palavras emocionadas brincavam de esconde-esconde com ele. Haviam pausas, ausência de algumas palavras que ele desejava pronunciar. Muitas vezes a esposa, sempre ao seu lado, era quem lhe socorria. Pacientemente ele confessou estar com uma doença neurológica que está lhe compromentendo a fala.

Mas nada prejudicou o brilhantismo da sua manifestação. Ele disse tudo o que sua esposa, seus familiares e seus amigos desejariam ouvir como acalanto para a alma. Aliás, ele nunca desperdiçou uma oportunidade de dizer que nos amava.

Mas será que podemos dizer o mesmo?

Quantas vezes nos omitimos diante das pessoas que amamos, quando poderíamos ter-lhes dito que sua companhia nos fazia bem, que suas qualidades eram invejáveis e que nosso amor por ela era imenso?

19 de maio de 2011

UM POEMA DE AMOR ENVOLTO EM SAUDADE

Um grande poeta se esconde em Curitiba. Seu último livro POETA VENCIDO vem saciar a sede de quem caminha em busca de si mesmo, de quem quer decifrar o enigma de viver. Um menino, ele. Cheio de imaginação, de sonhos vividos, de cicatrizes que ninguém vê. Assustadoramente inteligente e enigmático o meu amigo Edimo Ginot. Aí vai um de seus poemas, umas das pérolas contidas no seu livro:


"AMOR E SAUDADE

o amor é tão forte e tão vivo

que transcende a vontade de ser

pois se morre, renasce mais vivo

e transforma a vida em viver


a saudade é que às vezes nos leva

a lugares onde não se quer ir

sentimentos envoltos em trevas

que ainda têm o dom de iludir"

17 de maio de 2011

FOTOS - PRÉ ANIVERSÁRIO











































Estas fotos registram os meus últimos dias com 63 anos. Costumo acompanhar as mudanças que o tempo me traz, com bastante otimismo, porque todos os dias da nossa vida são um presente e temos de vivê-los com alegria e intensidade. Amanhã faço 64 e com 64 procurarei ser muito mais feliz e conviver com todos os que me são caros da melhor forma possível.



15 de maio de 2011

SEGUE O TEU DESTINO

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.

De Odes de Ricardo Reis

12 de maio de 2011

ORAÇÃO CHEROKEE



"Eu caminho para dentro e para fora de muitos mundos. Em minha mente, há muitas moradas. Cada uma destas criamos nós: a morada da raiva, a morada do desespero, morada da autopiedade, morada da indiferença, morada do negativo, morada do positivo, morada da esperança, morada da alegria, morada da paz, morada do entusiasmo, morada da cooperação, morada da doação. Cada uma dessas moradas visitamos todos os dias. Podemos permanecer em cada uma delas o tempo que quisermos. Podemos abandonar cada uma dessas moradas mentais no momento que desejarmos. Nós criamos a casa, nós ficamos na casa, nós saímos da casa quando bem quisermos. Podemos criar novos aposentos, novas casas. Quando entramos nessas moradas elas tornam-se nosso mundo até que a deixemos por outra. Grande Espírito, ninguém pode determinar a morada que devo escolher entrar. Ninguém tem o poder para isso, a não ser eu mesmo. Permita-me que hoje eu escolha sabiamente."

SER O QUE VOCÊ É

"Respeite a você mais do que aos outros,
respeite suas exigências, respeite mesmo o que é ruim em você
- respeite sobretudo o que você imagina que é ruim em você
- pelo amor de Deus, não queira fazer de você uma pessoa perfeita -
- não copie uma pessoal ideal,
- copie você mesma -
é esse o único meio de viver" Clarisse Lispector

10 de maio de 2011

SEM DRAMAS




Viver não é fácil, mas vale a pena! Somos seres humanos, mas nosso organismo é como uma máquina com engrenagem perfeita. Alguns amigos riem quando digo que somos como os carros usados. O tempo vem e nos obriga a reparar algumas peças desgastadas. Para umas existem reposição, para outras não. O melhor é conviver com o problema, sem dramas ou churumelas. Todos queremos viver muito, mas não aceitamos que o tempo nos deixe as suas marcas. Incoerência pura. Temos de aceitar a realidade e nos regozijar pelo tempo que nos é dado viver.

Toda essa introdução foi para dizer que há umas pecinhas na minha coluna que estão desgastadas e me causando dor intensa. Sabem o que vou fazer? Mandar consertar. Entro em cirurgia no dia 24 de maio e já estou agradecida por minha excelente recuperação. Mas, uma semana antes da cirurgia, vou comemorar com a familia e os amigos, mais um aniversário. Quero casa cheia, música, risos e flores nos meus 64 anos. Brindemos!



2 de maio de 2011

UM FRANGO DIFERENTE E GOSTOSO

Aí está uma receita ótima, de frango com creme de mandioca, enviada por um amigo de Fortaleza, Roberto Valette:
INGREDIENTES:
1 frango inteiro
1 pacote de Mandioca Palito (400 g)
4 colheres (sopa) de manteiga
1 caixinha de creme de leite (200 g)
4 tomates picados
1 vidro de leite de coco
1 xícara (chá) de salsa picada
1 limão
sal a gosto
MODO DE PREPARO:
Descongele o frango e retire os miúdos. Corte-o em pedaços, tempere com o sal e o limão. Deixe marinando por 1 hora. Cozinhe a mandioca em água e sal. Retire da panela e bata no liquidificador com a água que sobrou do cozimento. Em uma panela, aqueça a manteiga e doure os pedaços de frango. Reserve aquecido. À parte, junte os tomates, o creme de mandioca batido, o leite de coco e leve ao fogo por 15 minutos. Por último, junte o creme de leite e misture bem. Acrescente o frango e finalize o cozimento. Acerte o sal. Salpique a salsa e sirva a seguir.
Uma dica: há opção de comprar o frango já cortado. Bom apetite!


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