Amigos, deixo aqui um trecho das minhas lembranças de infância, nos idos de 1957/58,
no Núcleo Bandeirante, Brasilia-DF, que integra o meu livro autobiográfico, a ser lançado
até o início de 2010, com o título de A COR DA MINHA VIDA:
"Eu gostava do nosso fogão de cimento vermelho.
Derretíamos banha e toucinho e púnhamos nas latas onde seriam guardadas as carnes cozidas ou fritas. Não tínhamos geladeira, coisa que só mesmo as pessoas abonadas possuíam - aquelas "moderninhas", à querosene.
À noite, fazia acabamentos em vestidos, enquanto mamãe costurava na máquina de pedal. Eu recolocava querosene nas lamparinas e atiçava o pavio para que ela enxergasse melhor; fazia sempre um café novo e levava para ela, ou queimava chá mate com brasas, cobria com água fervente e depois coava. Isso lhe dava ânimo para continuar costurando madrugada adentro.
Eu tinha muita pena da minha mãe; queria dividir com ela o trabalho e a dor que às vezes eu via em seus olhos."
Nenhum comentário:
Postar um comentário