5 de julho de 2010

DESENCONTROS

Tenho ouvido amigos e colegas reclamarem do desencontro que há entre as pessoas, atualmente.
Jovens e mulheres que sonham com um novo amor; rapazes e homens maduros que não acertam nas suas escolhas amorosas. Todos sozinhos à procura de sua alma gêmea, perdidos numa multidão que anseia pela felicidade.
E o mais incrível é que niguém encontra o seu par. A pessoa que cada qual idealiza parece não existir. O que está acontecendo? Por que ninguém acerta nas suas escolhas?
Fiquei refletindo sobre o assunto, porque também eu faço parte dessa multidão dos sós. Achamos maravilhosa a nossa liberdade, mas buscamos um par ideal.
Será que sonhamos demais e nos excedemos em nossas expectativas quanto à pessoa do outro?
Ou, pior, será que nós mesmos nos sabotamos, buscando alguém impossível, justamente porque temos medo de começar de novo, não dar certo de novo, sofrer de novo?
Mas não adianta, minha gente. Viver é correr riscos. Temos de viver a nossa vida sabendo que tudo está incluído no pacote: desapontamentos, sucessos, derrotas, paixões, tristezas, encantos, deslumbramentos, doenças, recuperações, alegrias e dores.
Temos de ter coragem para abraçar a vida de frente, com tudo que ela nos traz, vivendo um dia de cada vez. Com ou sem um novo amor.
Enquanto esse amor "ideal" não chega, sejamos felizes assim mesmo.
Vamos passear, olhar o mundo lá fora, ao invés de ficarmos enfurnados no sofá da sala.
A nossa própria companhia também é muito gratificante. Vamos pegar um cineminha legal, com direito a pipocas gordurosas e refrigerantes; vamos escolher um bom restaurante, tomar uma taça de vinho; vamos nos reunir com os amigos para jogar conversa fora, dar risadas, cantar aquelas músicas bregas que todos nós, no fundo, gostamos, vamos relembrar as peripécias do passado, rindo de nós mesmos.
Temos de viver a vida com o que ela nos dá. Intensamente e agora.
Todos os momentos. Isso me lembra meu poema antigo, que mostra um pouco do que sou e do que penso sobre o assunto:

PREMÊNCIA

Se é pra ser feliz
não sei adiar nadinha,
por mais que me digam:
tenha calma,
o mundo não foi feito
num dia só.
Me digam,
a dor não vem,
de qualquer jeito?
Recebo-a,
não tem remédio…
E a morte,
não nos espreita
o tempo todo?
Faço que não sei dela,
finjo que não a vejo.
E vou vivendo feliz,
fazendo o que me apraz,
escapulindo e
serpenteando pelas trilhas,
a me esconder da velha senhora.
E engano-a
e amo
e rio
e sonho
e enlouqueço,
mas tudo tem de ser agora
porque não sei adiar nadinha!

2 comentários:

Doroni Hilgenberg disse...

Querida Wal,
Nem me fale desses desencontros, que vc já sabe né? Parece que alma gemea não existe.

Especial o seu espaço.
aoinda vou lertodos os seus textos.
Fiquei feliz por vc ter lançado o livro e pela sua feliciadade.
Poxa vida. Paris?
Para lhe dizer a verdade eu havia programado uam excursão para lá, mas será em Novembro e parece que nessa época o frio por lá é demais. Vamos ver o ano que vem se dará certo, pois meu sonho é conhecer PARIS. Eta nóis né?

Wal, mas cadê o espaço no seu Blog para os seguidores?

Passa no meu quandop der:

doronihilgenberg.blogspot.com

doroni.blogspot.com
bjs

Walnizia disse...

Oi, amiga, obrigada por vir aqui no blog. Sou péssima nessa arte da informática. Não sei lidar ainda com as ferramentas existentes. Mas prometo aprender. Fiquei tentando trocar a foto por uma mais atual e nem isso consegui fazer.
Vou visitar seu blog.
Beijos
Saudades