Sempre fui de saltar de cabeça, como já disse antes em minhas postagens.
Mas o tempo tem me transformado, embora sutilmente, numa pessoa mais ponderada, um tanto medrosa: resquício de frustações amorosas anteriores. Estabelecido fica então um conflito: ousar ( o coração diz que sim) ou permanecer sozinha (a razão diz também que sim).
A possibilidade de um novo relacionamento é real. O que pode vir a ser amor é um canto de sereia. Ouço-o e me encanto, mas ando com receio de me jogar no mar.
Afinal, a mesmice da vidinha solitária é tão reconfortante! Sou uma pessoa tão feliz! Por outro lado, é tão gostoso ter mãos para afagar, ter alguém para amar...
De qualquer forma estou me afastando da praia, bem cautelosamente, em direção ao mar de um possível amor.
Sobre o assunto, acabei de ler um texto do OSHO:
"O amor de verdade não é uma fuga da solidão, o amor de verdade é uma solitude abundante. A pessoa está tão feliz em ficar sozinha que tem vontade de compartilhar. A felicidade sempre quer compartilhar. Ela é excessiva, não pode se conter, como a flor não pode conter sua fragrância - ela tem que se espalhar pelo ar."
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