5 de julho de 2012

APOSENTADORIA/LIBERDADE

Fico intrigada quando ouço pessoas dizerem que sentem medo de se aposentar. Meu Deus, grito para mim mesma! Como pode alguém sentir receio de ter tempo para si mesmo, de usufruir da própria liberdade?
Como pode alguém se agarrar tanto ao dinheiro da função gratificada, aos acréscimos e mais acréscimos no contra-cheque da vida profissional ativa, ao ponto de não se soltarem mais?
Comigo foi assim. Após décadas de trabalho burocrático no serviço público, pedi exoneração do cargo comissionado que deixava minha conta bancária gordinha (tanto quanto eu mesma) e fui para casa, sob a alegação de que eu merecia descansar, ficar solta no mundo, com direito a apenas uma aposentadoria minguada do INSS.
Se eu já era feliz, agora sou muito mais. Não que tenha sobrado muito tempo para o ócio, mas sobrou muito tempo para eu fazer tudo que eu quero, na hora que eu quero, ao lado de quem eu quero. Tem vida melhor do que essa?
Nãaaaaaaaaaaaao!
Acordo naturalmente, me arrumo e me embelezo para ficar em casa ou para sair, a qualquer momento.
Dia desses saí de casa a convite de uma amiga. Quando ela me deixou,  recebi uma ligação da minha filha convidando-me para um passeio (enquanto ela resolvia algumas coisas, íamos conversando). Logo depois, o meu irmão Silvano também fez o mesmo. Então me saciei de felicidade com a convivência amorosa de pessoas a quem quero bem. Quando cheguei em casa para o merecido "descanso" já eram quase 18 horas. Ufa! Cansada, mas feliz, muito feliz!
Se saio no meu carro, também é muito bom, porque no porta-malas carrego o meu "kit-fuga": minha mala, com roupas, calçados, agasalhos, produtos de higiene, etc. Pronto, não preciso de mais nada, caso eu resolva passar o dia fora, dormir fora, ou viajar de última hora.
Esse é meu jeito de ser, o meu modus vivendi nem sempre compreendido, mas que me faz feliz...

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