21 de junho de 2010

PARIS I


Voltei a Paris pela quarta vez, mas sentindo que não a conheço ainda, tão misteriosa, mágica e grandiosa que é.
Dizer que se conhece essa cidade chega a ser uma brincadeira. Quanto mais se tenta descobrir seus encantos, mas se vê riquezas e belezas inimaginadas.
Gosto de andar pelas ruas presenteando meus olhos com os detalhes da arquitetura, notando a nobreza histórica de suas praças, a eficiência dos meios de transporte, a beleza de seus restaurants, com mesas e cadeiras voltadas para a rua.
Gosto de me sentir um transeunte qualquer, uma pessoa anônima no meio da multidão. Mesmo sem falar o idioma, eu me sinto integrada, apesar das dificuldades de comunicação.
Muitas vezes fui tratada com cordialidade, outras vezes surpreendida com a grosseria de profissionais sem preparo para atendimento ao turista. Mas o que realmente vale a pena, é ter certeza de que estamos em segurança. Pelo menos, uma certa segurança.
Andei sozinha pelo metrô, tomei várias linhas, misturando-me aos residentes. Em silêncio, mas esboçando meu usual ar de felicidade, que ninguém notou.
Percorri por longas horas, as ruas da cidade. Em silêncio, como todos à minha volta. Pessoas apressadas, querendo chegar a lugar algum. Nesse ponto somos todos iguais, na maioria das grandes cidades. Corremos, trabalhamos e nos estressamos por nada.
Cada qual, uma ilha. Um mundo à parte, uma solidão.



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