1 de junho de 2010

TENHO ANDADO TRISTE

Apesar de me considerar uma pessoa muito feliz, tenho andado triste.
Coloco um batom vermelho, me enfeito, me visto de forma clássica para o trabalho,
e porto-me como convém a uma executiva. Olhando-me, ninguém diz que não estou feliz.
Mas, tenho andado triste, sim. Por mais que eu lute contra, por mais que eu raciocine.
E raciocinar é saudável, porque nos faz encontrar respostas plausíveis. Raciocinar é concluir inteligentemente sobre as situações e sobre a melhor solução para nós.
Mas toda vez que o meu sonho não se realiza, fico sem graça e em silêncio, como a menina que queria muito o doce que novamente lhe foi tirado.
Fico desapontada, mergulho em reflexões, mas aceito a realidade.
Perder alguém que me fazia feliz não me revolta, mas me deixa introspectiva e triste.
Sei que sempre aprendo com as experiências, mas só isso não me basta. Quero entender o que se passou, onde falhei, se fui ou não amada e, em que ponto do caminho iniciou-se o descaminho.
Acreditem, mesmo que existam ganhos nas experiências, cada vez que perdemos alguém, há um pouco de nós que morre.
Ah, Deus, entendi! Então deve ser por isso! Acho que já morri muitas vezes. Sofro porque não aprendi a aceitar essas minhas mortes.
Mas sei que vai passar. O amor que doei não se perdeu, voltou para a fonte . Estou reabastecida.
E nunca, nunquinha vou me arrepender de ter amado alguém que me fez feliz. Ainda que por pouco tempo.

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