17 de novembro de 2010

REFLEXÃO

Já estamos quase no final de novembro. O ano passou tão depressa!
Tantos planos fizemos, tantos sonhos sonhamos para 2010 e, de repente, percebemos que não realizamos todos, que não cumprimos o que programamos: cuidar da saúde, melhorar a qualidade de vida, praticar esportes, retomar os estudos, emagrecer, ser mais pacientes, mais carinhosos, mais caridosos. Enfim, todos nós, além das orações de agradecimentos e pedidos de bênçãos, prometemos tantas coisas...
Falo por mim. Jurei perder peso para aliviar um problema de coluna lombar, prometi fazer caminhadas, melhorar o humor, ser mais paciente.
Ah, a paciência... Acho que vim a este mundo (desta vez) para aprender a paciência e não fiz muitos progressos.
Continuo severa com os que praticam a injustiça, ao invés de compreendê-los e ajudá-los.
Continuo irritada com os políticos corruptos, ao invés de me lembrar que nós eleitores é que escolhemos mal.
Continuo criticando os que agem mal, os que não cuidam da natureza e prejudicam o planeta, os que poluem os nossos olhos e ouvidos, os que nos destratam, os que pedem dinheiro nos sinais para comprarem bebidas e drogas, e tantos outros que me desagradam.
Mas eu, de minha parte, nada tenho feito de tão significativo para melhorar o contexto.
Faço a minha parte, apenas. Fechada no meu mundinho, na minha redoma, buscando apenas me proteger. Ao invés de trabalhar a paciência e a tolerância, fujo.
Tenho fugido de tudo. Da convivência mais frequente com os amigos, para fugir do trânsito sempre engarrafado; da busca de um novo amor, para fugir de novas decepções.
Quando findar 2010, nada quero prometer que não possa cumprir, ou me esforçar para cumprir.
Prefiro não ter grandes projetos, mas viver cada dia em harmonia comigo e com meus semelhantes. Procurar fazer o melhor que puder, dar o melhor de mim em cada gesto, em cada palavra de compreensão. Dar um passo de cada vez, devagarinho, silenciosamente, humildemente.

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