30 de agosto de 2011

UM POEMA INTRIGANTE

Assim é o poeta Edimo Ginot: ora mistérios, ora clareza intrigante.
Este poema em tom confessional, mostra o poeta desnudo, corajoso, de peito escancarado.

Vejam só:

"DEIXA ESTAR
tenho no peito o aço estampado
brasa que arde dos sonhos desfeitos
tenho virtudes de ares roubados
tenho pecados e muitos defeitos
rodei caminhos por rotas estranhas
quebrei os espinhos, feri as entranhas
vivi dos amores, senti os prazes
guardei meus temores, usei meus poderes
a vida me deu o que pôde me dar
o resto eu peguei, como pude pegar
o céu ficou longe, não posso chegar
o inferno é aqui mesmo, então deixa estar"

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