8 de abril de 2011

EXPERIÊNCIAS DE VIAGEM I

Voltei de viagem esta semana. Feliz, calma, recomposta. Viajar é sempre bom. É um desprender-se, arriscar-se, conhecer outros limites, outras culturas, outras maravilhas.

Amo viajar. Sinto-me como a criança curiosa que vence obstáculos, pisa sobre caixotes impilhados para vislumbrar a paisagem do outro lado do muro.

A primeira parte da minha viagem foi pelo mar. Durante longos dias estive num cruzeiro. Todas as comodidades e atrações disponíveis para que os passageiros tivessem um serviço de excelência e lembranças inesquecíveis. Monotonia? Nunca! Exemplo: você podia optar por ir a uma aula de forró ou a uma aula de culinária. Ir à missa ou ir ao cinema. Nadar nas piscinas ao ar livre ou ir para as jacuzzis quentes em áreas cobertas. Jogar um pouquinho no cassino ou ir para a rua de comércio comprar nas lojas existentes ou tomar um chá nas mesinhas dos diversos cafés. Éramos cerca de 2.900 brasileiros e 200 passageiros de outras nacionalidades.

O navio? Mariner Of The Seas, uma das jóias da Royal Caribbean. Fui até Roma, mas o navio seguiu para a Grécia. Eu soube que no próximo ano esse barco não volta ao Brasil, porque alguns dos nossos portos não possuem estrutura suficiente para navios desse porte.

Este foi meu 20º cruzeiro.

Foram 13 dias do Rio até Roma. Tive o privilégio de estar acompanhada pela Teresinha, minha querida e fiel amiga. A partir de Salvador foram 07 noites no mar até avistarmos Tenerife, a maior ilha das Canárias, pertencente a Espanha. Tenerife me surpreendeu pelo modernismo e estrutura da cidade. Ficamos lá apenas por um dia. Sei, desde já, que vou voltar para umas férias, com tempo suficiente para conhecer melhor a cidade.

Navegar é mesmo preciso. Estar, por tanto tempo, num navio desse porte é perder-se com segurança. Quando não se vê mais terra, é quando você fica extasiado com a imensidão do mar e tem a perfeita noção da magnitude da obra da criação. Tudo é paz, tudo é profundo e misterioso como misteriosos são os nossos sonhos. Na varanda da minha cabine eu me encontrava e me perdia no silêncio, contemplando o mar e agradecendo a oportunidade de usufruir daqueles momentos.

Quem pode ser mais rica do que eu? Recebo da vida e dos céus tantas benesses... Ah, o mar...

A poeta Luciana Bortoletto tão acertadamente afirmou em seu poema Aquática:

"O mar brincou comigo de leva-e-traz, envolveu meu corpo inteirinho. Fiquei diluída na água e virei parte daquilo tudo... Eu era um pouco de sal, ou alga, ou um tom azulado espumante. Quando estou dentro d'água, o mar me muda por dentro, o mar me puxa pelo centro..."

Volto depois para prosseguir contando minha viagem.

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